quinta-feira, 29 de outubro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Dear Otto...
Maria Augusta
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Falando sobre...
___Seguem alguns recortes recolhidos do site Jornal de Poesia (http://www.revista.agulha.nom.br/poesia.html) sobre o assunto:
Augusto dos Anjos – Razões da Angústia
Lembra que a causa da desordem do seu sistema nervoso é assunto já conhecido, pois que a mãe do poeta, quando ainda em "estado de gestação, sofreu uma comoção das mais fortes, causada pela perda imprevista de um irmão querido, estudante de medicina, de quem o sobrinho nascituro herdaria o nome e as conseqüências do choque. O traumatismo moral, que tão fundamentalmente abalou a mãe, perturbou-a por muito tempo, além mesmo da gravidez. Ao que se sabe, ficou desajustada da mente pelo resto da vida, com preocupações de grandeza e fidalguia".
A essa razão da angústia de Augusto dos Anjos, o percuciente analista acrescenta uma outra: o rigorismo adotado pelo pai, na formação intelectual do poeta, que ficou empanturrado de filosofia materialista, haurida em Darwin, Haeckei, Spencer, Schopenhauer, de permeio com as idéias tempestuosas de Tobias Barreto e de seus seguidores, entre eles Martins Júnior, que, como adepto de Augusto Comte, conseguira introduzir no Brasil a chamada poesia científica. Tudo isso, na mente de um rapaz de 15 a 16 anos, teria necessariamente de causar tremenda confusão, especialmente num temperamento retraído, com sintomas de morbidez orgânica e psíquica, como era o caso de Augusto dos Anjos.
Nascido e criado no Engenho Pau d'Arco, num ambiente tranqüilo e buc6iico, teria todas as condições para ser lírico, como observa Horácio de Aimeida. No entanto, com apenas 16 anos de idade, já se considerava um desgraçado, cuja vocação para o infortúnio irrompia em quase tudo aquilo que, de mais importante, emergia da potencialidade excepcional do seu cérebro.
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Para fortalecer a sua afirmativa, cita o soneto - Psicologia de um Vencido, acrescentando que se torna difícil acreditar "tenha sido escrito por um adolescente para quem o cotidiano devia correr, na melhor das suposições, sem problemas materiais":
"Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênese da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia igual à ânsia
Que escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme - este operário das ruínas,
Que o sangue podre das carnificinas
Come e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!"
Perseguindo esse objetivo, destaca algumas estâncias de A Ilha de Cipango que, por ser um dos melhores poemas de Augusto dos Anjos, vai aqui reproduzido por inteiro:
"A Ilha de Cipango"
"Estou sozinho! A estrada se desdobra
Como uma imensa e rutilante cobra
De epiderme finíssima de areia...
E por essa finíssima epiderme
Eis-me passeando como um grande verme
Que, ao sol, em plena podridão, passeia!
A agonia do sol vai ter começo!
Caio de joelhos, trêmulo... Ofereço
Preces a Deus de amor e de respeito
E o Ocaso que nas águas se retrata
Nitidamente reproduz, exata,
A saudade interior que há no meu peito...
Tenho alucinações de toda a sorte...
Impressionado sem cessar com a Morte
E sentindo o que um lázaro não sente,
Em negras nuanças lúgubres e aziagas
Vejo terribilíssimas adagas,
Atravessando os ares bruscamente.
Os olhos volvo para o céu divino
E observo-me pigmeu e pequenino
Através de minúsculos espelhos.
Assim, quem diante duma cordilheira,
Para, entre assombros, pela vez primeira,
Sente vontade de cair de joelhos!
Soa o rumor fatídico dos ventos,
Anunciando desmoronamentos
De mil lajedos sobre mil lajedos...
E ao longe soam trágicos fracassos
De heróis, partindo e fraturando os braços
Nas pontas escarpadas dos rochedos!
Mas de repente, num enleio doce,
Qual se num sonho arrebatado fosse,
Na ilha encantada de Cipango tombo,
Da qual, no meio, em luz perpétua, brilha
A árvore da perpétua maravilha,
A cuja sombra descansou Colombo!
Foi nessa ilha encantada de Cipango,
Verde, afetando a forma de um losango,
Rica, ostentando amplo floral risonho,
Que Toscanelli viu seu sonho extinto
E como sucedeu a Afonso Quinto
Foi sobre essa ilha que extingui meu sonho!
Lembro-me bem. Nesse maldito dia
O gênio singular da Fantasia
Convidou-me a sorrir para um passeio...
Iríamos a um país de eternas pazes
Onde em cada deserto há mil oásis
E em cada rocha um cristalino veio.
Gozei numa hora séculos de afagos,
Banhei-me na água de risonhos lagos
E finalmente me cobri de flores...
Mas veio o vento que a desgraça espalha
E cobriu-me com o pano da mortalha,
Que estou cosendo para os meus amores!
Desde então para cá fiquei sombrio!
Um penetrante e corrosivo frio
Anestesiou-me a sensibilidade.
E a grandes golpes arrancou as raízes
Que prendiam meus dias infelizes
A um sonho antigo de felicidade!
Invoco os Deuses salvadores do erro.
A tarde morre. Passa o seu enterro!...
A luz descreve ziguezagues tortos
Enviando à terra os derradeiros beijos.
Pela estrada feral dous realejos
Estão chorando meus amores mortos!
E a treva ocupa toda a estrada longa...
O Firmamento é uma caverna oblonga
Em cujo fundo a Via-Láctea existe.
E como agora a lua cheia brilha!
Ilha maldita vinte vezes a ilha
Que para todo o sempre me fez triste!"
A Árvore da Serra e a seguir passa a demonstrar que nesse outro quadro a sua suposição ainda se torna mais clara, no sentido de desvendar o motivo principal da tragédia psicológica em que se debatia o genial criador do EU e Outras Poesias:
A Árvore da Serra
— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh’alma! ...
— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
I
A investigação realizada por Horácio de Almeida afigura-se-me importante contribuição para que seja corretamente interpretado o conteúdo do EU e reveladas as razões da angústia do seu criador.
Não obstante, vários intelectuais paraibanos não aceitaram a hipótese do caso amoroso do poeta do Engenho Pau d'Arco, chegando a considerá-la absurda. Apresentava-se entre outros argumentos a circunstância de Órris Soares e José Américo de Almeida, ambos amigos e condiscípulos de Augusto dos Anjos, não terem registrado aquela triste ocorrência na vida do poeta, exatamente quando estava atravessando uma quadra em que as solicitações do sexo tornam-se brutalmente exigentes.
Reporta-se a José Lins do Rego, quanto a um depoimento em que o afamado romancista admite haver o poeta escondido "uma mágoa secreta, um rancor que não confessa. contra a própria mãe".
A versão da tragédia amorosa do poeta, anunciada por Horácio de Almeida, poderá ser assim resumida:
Uma moça de nome Maria, procedente da Serra da Borborema, fora acolhida na Casa Grande do Engenho Pau d'Arco, num desses períodos de estiagens, tão comuns no Nordeste seco. Augusto, na exuberância dos seus 16 anos, teria gradativamente se enchido de amores pela moça, havendo entre ambos um envolvimento afetivo, que terminou em relacionamento sexual. Sinhá Mocinha, com a sua mania de grandeza e considerada uma espécie de ditadora, nos assuntos de família que exigiam pronta solução, não aprovou o procedimento do filho, mas, pelo contrário, determinou o confinamento de Maria que, aliás, já trazia no ventre o fruto dos seus encontros furtivos com o poeta. Este, apaixonado, nervoso, atormentado com o rigor paterno, no que dizia respeito à sua formação humanística e cultural, encontrou meios e modos de localizar e visitar a sua bem amada, chegando até mesmo a manifestar desejo de reparar o mal que lhe havia feito, aceitando-a como esposa. A essa altura, Sinhá Mocinha, ainda mais enraivecida, teria mandado aplicar uma surra na infeliz amante do poeta. E os emissários da ditadora do Engenho Pau d'Arco executaram o serviço" com tal rigor, que a moça perdeu o filho e depois veio a falecer.
Esta mesma versão, com pequenas variantes, é narrada por Ademar Vidal, sendo que, ao invés de Maria, o nome da enamorada do poeta teria sido Amélia.
Horácio de Almeida, após novas investigações objetivando colher elementos que venham comprovar a sua versão, conclui por mencionar um soneto de autoria do poeta e que, aliás, não consta do elenco de poemas enfeixados no EU. Esse soneto foi publicado no jornal O Comércio, em maio de 1902, e consta das "Poesias Esquecidas", pesquisadas pelo ensaísta De Castro e Silva.
Não é uma das melhores criações do poeta, mas possui um grande valor documental, para a elucidação do assunto, objeto deste capítulo, porque diz assim:
Súplica num Túmulo
"Maria, eis-me a teus pés. Eu venho arrependido,
Implorar-te o perdão do imenso crime meu!
Eis-me, pois, a teus pés, perdoa o teu vencido,
Açucena de Deus, Iírio morto do Céu!
"Perdão! E a minha voz estertora um gemido,
E o lábio meu pra sempre apartado do teu
Não há de beijar mais o teu lábio querido!
Ah i Quando tu morreste, o meu Sonho morreu !
Perdão, pátria da Aurora exilada do Sonho!
Irei agora, assim, pelo mundo, para onde
Me levar a Destino abatido e tristonho...
Perdão! E este silêncio e esta tumba que caia!
lnsânia, insânia, insânia, ahl ninguém me responde...
Perdãol E este sepulcro imenso que não fala!"
E que a tragédia passional que teria envolvido o poeta ocorreu por volta do ano de 1900, exatamente quando se inicia uma fase de muita criatividade e vigor em tudo aquilo que de melhor produziu o poeta genial.
Com efeito, a Tonalidade excepcional do poeta considerado como bizarro, atormentado, irreverente, iconoclasta, satânico, barroco, sentimental, simbolista e também romântico, passou a assumir grandes proporções exatamente na primeira década deste século. Este motivo comprova, evidentemente, a procedência da tese de Horácio de Aimeida, quando afirma a priori e confirma a posteriori que Augusto dos Anjos é um tema para debates.
domingo, 6 de setembro de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
Dear Otto...
_____Finjo! Cada vez mais e melhor, agora não só para mim, como também para toda a gente. Por quê? Tudo parece tão insuficiente. O que sou nunca é o bastante. Persigo demais a mim e me torturo por erros vãos. “Inacreditável”, eles diriam. Pra mim, nada mais que o trivial. Talvez por isso as realizações sejam sempre tão pequenas, tão inúteis.
_____Meus objetivos são reflexo da nossa realidade, não que esta seja sofrida ou angustiante, mas ela nós obriga a entender desde já o que podemos. Desejo poder. Poder possuir. Poder e possuir. Poder para possuir. Os obstinados sabem do que falo, os outros passarão por tudo isso despercebidos e com enfado.
_____A chuva parou, mas não sinto o cheiro da terra. Aqui a terra não cheira como doce caseiro ou algodão-doce de festa. Tudo agora é silencio porque o silencio é sempre tudo.
O Amor é o ridículo da vida
"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi"
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Se toda escada esconde
Uma rampa
sexta-feira, 10 de abril de 2009
domingo, 22 de março de 2009
├æ├┼
sábado, 14 de março de 2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Chegando o Carnaval
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Ballet
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Ensaio para a plenitude
Há algum tempo eu penso em escrever sobre o amor. Na verdade, já é madrugada e eu estou lembrando de alguns poemas da Florbela Espanaca. Ela suscinta em mim a vontade de escrever sobre o que não sei.
Disseram-me que as coisas mais belas sobre o amor já foram escritas, e eu não vou exaltar os mesmo amores e amates, mesmo que sejam outros. "Porque a historia do amor é sempre a mesma: encontrei-a e amei-a".
"Quem disser que pode amar alguém durante a vida inteira é porque mente". Talvez ela mentisse, como eu e toda a gente. Mas quem sou eu pra falar de amor? Mais um espirito, nada além, que anseia pelo tempo, pelo pouco inexistente.
1º meu sinceros Cumprimentos !
Seria de tal e grande egoísmo meu se não me apresentasse.
Lua (Nome Fictício).
Não serei apenas eu a postar aqui.
Pretendo em minha mente postar aqui tudo o que sei a respeito de qualquer coisa, e às vezes em questão irá ser colocado os problemas mundiais, principalmente aqueles que nos toca de uma certa maneira e nus deixam pensar sobre isso.
Os problemas que eu cito, desde assassinatos à corrupção.
Mas para sempre não ficar uma coisa comovente e emocional. Assuntos animados, como feriados, festas do ano, e alguns comentários, viram a calhar.
Agora alguém já pensou, como seriamos sem nossa identidade, nome? Do que seriamos chamados?
Se todos seriam iguais. A questão é, todo ser humano tem uma identificação.
Assim como duas matérias não podem ocupar um espaço, duas pessoas não podem ser iguais.
Podem ser gêmeos idênticos, mais já parou pra reparar que tem algo que os diferencie?
Pois é.
O pior de uma pessoa é ter um nome ridículo. O nome que nunca quiseram ter acabam levando “culpa”.
Algumas pessoas costumam tirar sarro de outras pessoas por seu nome, mas o que essas pessoas não sabem que existe leis, um bom processo e um bom dinheiro tirado do bolso dela, faz com que ela aprenda a não desrespeitar.
Os apelidos, pode ser uma forma carinhosa até de se falar, mais as vezes degrede a imagem daquela pessoa.
Às vezes temos que ter cuidado com certas palavras que saem de nossa boca.
Sim, sim, claro lembrarmos que existe agora também a moda da fruta, no meu caso não muito apreciada, porque às vezes às vezes ACABA a imagem de uma mulher, mas ela não se importando, tanto faz como tanto fez.
Nomes, estilos, danças, corpo, tudo faz parte de sua identidade, então não a acabe!
Lua.